segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Festa da Colheita da Uva em Jaguari acontece no próximo dia 25

A cidade de Jaguari se prepara para realizar a 4ª Vindima – Festa da Colheita da Uva. O evento que é uma promoção da Associação dos Produtores de Vinho e Derivados de Uva do Vale do Jaguari, Aprovija, em conjunto com o Clube Internacional do Chapadão e, com o apoio da prefeitura, acontece no dia 25 deste mês na Vinícola Minuzzi, localizada na estrada principal do Chapadão, 1º Distrito do município.

Postado por: Wesley Corrêa.

Trabalhando para desenvolver a Vitivinicultura gaúcha



Enquanto o consumo de vinhos finos, sucos e espumantes cresce no Brasil, as regiões que ainda despontam na produção são a tradicional Serra e, há algum tempo, a Campanha gaúcha. Cinco outras regiões do Estado, embora produtoras de uva, sempre estiveram à margem dos olhos do consumidor e do próprio mercado.
Para desenvolver a vitivinicultura de forma integrada, Secretaria da Agricultura e Emater assinaram nesta quinta-feira (16), em Jaguari, convênio para capacitação de 600 famílias do Vale do Jaguari, Quarta Colônia, Alto Uruguai, Centro Serra e Planalto. Com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis) da ordem de R$ 2,2 milhões, elas vão receber durante dois anos conhecimentos sobre nutrição de plantas, manejo do solo e de videiras, poda, controle de pragas, doenças, ponto de colheita, qualidade da uva para consumo e industrialização.
Os produtores são todos da agricultura familiar. Em pequenas e médias propriedades, por questões financeiras, têm dificuldade de acessar assistência técnica. Dez engenheiros agrônomos contratados pela Emater serão responsáveis por acompanhar propriedades como a de Sérgio Dalla Valle, da região de Chapadão, no interior de Jaguari, na Região Central do Estado.
Aos 60 anos, dedicado à tradição herdada dos avós de cultivar uvas, tem uma cantina e 15 hectares onde planta uvas para fabricação de vinhos de mesa e seco.
Um dos seus maiores problemas será resolvido: a falta de assistência técnica. “Quase abandonei a atividade uma vez. Mas não sei fazer outra coisa. Agora, com ajuda na propriedade, vou poder aumentar a produção daqui há um tempo”, diz ele que, com a ajuda da esposa e do filho, que teve de estudar fora e agora voltou, toca a propriedade.Filho de colono, como ele mesmo se intitula, a diferença dele é que a vitivinicultura transcende a questão econômica; trata-se de amor e prazer, segundo o próprio. “Trabalhamos com os pés cravados no chão”, afirma.Entusiasta da fruticultura e, em especial, da vitivinicultura, o secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, está confiante de que o desenvolvimento da atividade passa pelo resgate de regiões tradicionais e o fortalecimento da agricultura familiar.
“Precisamos conhecer a realidade dessas famílias que, apesar das adversidades, continuam a produzir vinhos e sucos de alta qualidade. Estar junto ao produtor é oferecer a ele tecnologias e conhecimento às vezes exclusivos às regiões mais desenvolvidas. Melhorando a qualidade pode aumentar a produção e ter mais renda”, disse o secretário, ao lembrar que o Governo do Estado aumentou de 25% para 50% o repasse ao Fundovitis e que convênio firmado com a Emater é o maior dos projetos financiados pelo fundo.O coordenador da Câmara Setorial de Uva e Vinho da Secretaria da Agricultura Jorge Hoffmann diz que a finalidade de promover a recuperação dos vinhedos nas áreas marginais à produção tradicional e o desenvolver a viticultura no Rio Grande do Sul, através da produção de uva para vinho e para sucos, vão atender ao Programa de Merenda Escolar (PNAE), do Governo Federal.
“Uma vez que os produtores destas regiões têm dificuldade em acessar as tecnologias e insumos necessários para uma produção sustentável e economicamente viável, o programa vai possibilitar a adoção de técnicas de base ecológicas e adequadas à vinificação”, esclareceu.
Ao longo de dois anos, acontecerão três mil visitas técnicas, 76 reuniões, cinco dias de campo no primeiro ano e cinco no segundo, totalizando 18 mil horas técnicas. “A ideia é que os produtores não fiquem mais sem assistência. Se tivermos de renovar daqui a dois anos, o faremos”, afirmou Mainardi.